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MANUSCRITO. PROCESSO DOS TÁVORAS. MANUSCRITO Séc. XVIII. TRÁGICA HISTÓRIA DO DIA 13 DE JANEIRO DE 1759 NA PRAÇA DE BELÉM DA CIDADE DE LISBOA.

Lote 81

Descrição

 [segue-se, pelo mesmo punho]: Breve Rezumo Histórico-Trágico dos infelizes a quem se atribuirão os tiros que na noite de 3 de setembro de 1758 fizeram a Dom Jozé I Rey de Portugal. [segue-se pelo mesmo punho]: Desenho e descrição do monumento para memoria do atentado e sua exemplar condenação, erigido no sítio em que existiu a casa do duque de Aveiro e que foi arrasada e salgada. Descrição dos escudos de armas e lápides dos fidalgos justiçados (Casas de Aveiro, Távora e de Atouguia) que foram mandados picar e demolir. Com 6 Folios [seguem-se] 4 gravuras do século XVIII com a descrição do modo como foram executados cada um dos onze justiçados, sendo a última desdobrável, apresentando os seguintes dizeres: "Demonstração do Teatro que depois de justiçados os Réos que barbara e sacrilegamente quiseram tirar a vida a El Rey como se vê nas estampas antecedentes, e expostos em rodas, ultimamente foram queimados vivos, todos: Antonio Alvares Ferreira, vivo, e Jozé Policarpo de Azevedo em Estátua. Achar-se á em Caza de Francisco de Mello no fim da Rua do Paçeio". 1759. In-Fólio com [1] + 110 fls. Enc.

MANUSCRITO IMPORTANTÍSSIMO para o estudo da versão não oficial do Poder. Manuscrito anónimo e que pensamos tratar-se de um original escrito, a um só punho, por uma testemunha presencial dos factos. Apresenta interessantes considerações genealógicas das Casas de Aveiro, dos Távora e dos Atouguia, a que pertenciam os réus justiçados. Este conjunto de gravuras é muito raro e, por vezes, encontra-se junto à Sentença deste julgamento. Esta obra manuscrita é um libelo acusatório à justiça dos reis que (comparada com a antiga justiça dos faraós, mencionada em legenda latina na Folha de rosto) e onde também se lê no Prólogo “Sempre o poder com sanha e ira, julgar e proferir sentenças, estas exorbitarão as metas da justiça e da humanidade”. O Autor reúne no Prólogo os vários casos de abuso da justiça do Rei, relatando vários casos: a justiça feita na execução dos matadores de Inês de Castro, a justiça feita pelo Rei tendo ele próprio matado, a murro, o Duque de Viseu, e a justiça feita na execução de D. Fernando, Duque de Bragança, a qual o autor afirma ter servido de exemplo a D. José I e ao Marquês de Pombal na sentença e na execução dos Távoras. Encadernação do final do séc. XVIII em inteira de pele com ferros a ouro na lombada.

€  800

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