Vicente Leilões Vicente Leilões

MANUSCRITO SOBRE VILA NOVA DE MAZAGÃO DO PARÁ. RELAÇÃO DAS FAMILIAS QUE EXISTIAM EM MAZAGÃO NOVO EM O ANO DE 1782.

Lote 75

Descrição

 In-fólio de 90 fls. Enc.

Abandonados por determinação régia em 11 de março de 1769, a Praça de Mazagão (na costa ocidental de Marrocos), a que os moiros tinham posto cerco desde os primeiros dias de janeiro desse ano, foram os mazaganistas embarcados nas naus, charruas e iates, que de Lisboa tinham sido remetidos em socorro da velha Praça, sendo transportados para a corte, em cujo porto entraram nos dias 21 e 24 de março. Efetuou-se o desembarque desta pobre gente, cujos haveres ficaram abandonados ou reduzidos a cinzas no velho cais de Belém, que fora começado a construir nos tempos de D. João V e, havia pouco, estava terminado. Recolheram-se os plebeus, nos baixos do Convento dos Jerónimos, procurando os fidalgos asilo nas mercearias de D. Catarina e de D. Luiz, situados em Belém, indo outros aposentar-se na casa dos parentes, ficando a mantença dos primeiros a cargo da fazenda real que, unicamente lhes fornecia jantar e ceia. Porém, o estado de saúde dos mazaganistas era muito precário. Cansados pelos sacrifícios a que a guerra os obrigara, mal alimentados e, agora, mal acomodados, no geral começaram-se os pobres ressentindo, tornando-se tão grave o estado de muitos que tiveram de se recolher aos hospitais da corte onde vamos encontra-los distribuídos pelos do Carmo e S. João de Deus que misericordiamente lhes abriram as portas. Mais de 300 destes morreram nos hospícios. Na verdade, foi diferente foi a forma como o rei D. José tratou os mazaganistas, daquela usada por D. João III e D. Pedro II, para com os habitantes das praças abandonadas ao moiro, umas, e cedidas aos ingleses, outras, como Tânger”. Depois de toda a espécie de dificuldades, a solução foi embarcar todos os mazaganistas em navios da coroa e enviá-los para a colónia do Brasil para uma zona previamente destinada a ser construída uma vila que albergasse os colonos regressados do norte de África. E assim, toda esta gente fundou, e passou a habitar, Vila Nova do Mazagão. Este manuscrito contém os nomes das 370 famílias que emigraram e se estabeleceram na sua nova terra, descrevendo também a situação particular de cada uma, recebendo da fazenda real, víveres e instrumentos de trabalho que permitissem trabalhar e sustentar-se. Junto uma brochura publicada para o I Congresso da História da Expansão Portuguesa no Mundo, da autoria de Francisco d´Assis Oliveira Martins. Encadernação em pergaminho.

DOCUMENTO HISTORICAMENTE IMPORTANTEPARA PORTUGAL E BRASIL. 

PROVAVELMENTE ÚNICO

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