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MANUSCRITO. PROCESSO DOS TÁVORAS. A MENTIRA MANIFESTA POR SI MESMA OU ANALIZE DA SENTENÇA PROFERIDA A 12 DE JANEIRO DE 1759 CONTRA O DUQUE DE AVEIRO E MAIS FIDALGOS EXECUTADA NA PRAÇA DE BELÉM ONDE MORRERÃO ESTRANGULADOS LOGO NO DIA SEGUINTE 13 MESMO MÊS E ANNO 1759.

Lote 169

Descrição

 In-fólio de 76 fls. Enc.

Este manuscrito é um manifesto libelo de ataque à Farsa em que se tornou o julgamento inicial contra os pretensos Réus indicados pelo Marquês de Pombal, contendo as provas consideradas pelo Tribunal e que se sabe que, sobretudo em relação aos criados do duque de Aveiro e a alguns familiares dos Távoras, as confissões foram obtidas sobre tortura. Estão mencionadas todas as provas através das referidas confissões e de acusações falsas, orientadas e medíocres contra a Nobreza (Casas de Aveiro, Távora e Atouguia) e Companhia de Jesus, sobretudo contra o Padre Gabriele Malagrida, confessor da Marquesa de Távora e José Maria de Távora, cuja mulher era amante do Rei e cuja morte não era mais que um conveniente manto de silêncio sobre o desastrado comportamento real. Para se ter uma ideia de como foi desastrado este julgamento e desleixado o rigor confessional dos réus, atente-se numa curta parte da Prova LXIV, em que se referem à resposta às perguntas que, em 27 de dezembro de 1758 se fizeram ao Réo Joze Manuel da Silva Bandeira: “Sendo perguntado que Religiosos da Companhia costumavam ir a Caza do dito Duque, quanto tempo havia que tinham entrado na dita Casa; a que horas costumavam ir a ella. Respondeo: Que o religioso que mais frequentava a dita Casa era hum religioso alto e magro que lhe parecia ser o Procurador-Geral Joze Perdigao. Que hum destes dias, mais dois Religiosos da mesma Companhia, cujos nomes não sabe, o primeiro deles baixo de corpo... Foi através destas “pérolas “de rigor e de justiça que foram presos, humilhados, torturados, condenados à morte, e queimados ainda vivos para gáudio do povo imenso que foi instigado para assistir à miserável execução por detrás do sorriso de Sebastião José de Carvalho e Mello, Primeiro-Ministro do Reino e inimigo dos Réus, e confesso opositor da Companhia de Jesus. 

IMPORTANTÍSSIMO MANUSCRITO QUE DEMONSTRA CLARAMENTE O QUE FOI A FARSA DO JULGAMENTO DO ATENTADO AO REI EM 3 DE SETEMBRO DE 1758 E A DESASOMBRADA CONDENAÇÃO, À TORTURA E À MORTE PÚBLICA NA FOGUEIRA DOS RÉUS INDICADOS AO MAGISTRADO-MOR DO FATÍDICO PROCESSO, PELO MARQUÊS DE POMBAL, E POR ELE NOMEADO. Bem conservado. Boa encadernação assinada pela Invicta Livro em inteira de pele com o título manuscrito gravado nas pastas interiores.

Peça de coleção.

Lote 169 de 280

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